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O diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma criança pode ser um fator significativo na decisão dos pais de terem ou não outro filho. Uma pesquisa recente realizada em um hospital universitário na Turquia investigou as motivações e consequências dessa escolha. O estudo envolveu 91 participantes com TEA, com idades entre 3 e 22 anos, que tinham pelo menos um irmão mais novo. Os pesquisadores buscaram entender os fatores que influenciaram os pais nessa importante decisão familiar.

Os resultados revelaram que uma proporção significativa de pais já suspeitava de alguma condição psiquiátrica em seu filho com TEA antes de planejarem a gravidez subsequente. Em muitos casos, o diagnóstico de TEA já havia sido confirmado ou estava em processo de confirmação. Entre as motivações mais comuns para a gravidez planejada, destacaram-se o desejo de que o novo filho fizesse amizade com o irmão mais velho com TEA, a expectativa de que ajudasse nos cuidados com o irmão e a esperança de ter um filho saudável. Curiosamente, pais com motivações relacionadas ao TEA eram mais propensos a ter um primeiro filho diagnosticado com o transtorno e a acreditar que ele necessitaria de apoio contínuo ao longo da vida.

Apesar das motivações positivas, a maioria dos pais relatou algum nível de impacto no cuidado geral do filho com TEA após o nascimento do novo bebê. No entanto, os níveis de sobrecarga dos cuidadores, medidos pela Zarit Caregiver Burden Scale, não apresentaram diferenças significativas entre os grupos com diferentes motivações. Essa pesquisa destaca a complexidade da decisão de ter outro filho após o diagnóstico de TEA, ressaltando a importância de explorar as motivações parentais e as possíveis consequências para o bem-estar de toda a família. O estudo aponta para a necessidade de um acompanhamento clínico adequado para famílias que enfrentam essa situação, considerando o impacto no desenvolvimento das crianças com TEA e na dinâmica familiar como um todo. A conscientização sobre as motivações e expectativas dos pais pode auxiliar no planejamento familiar e no suporte às crianças com TEA.

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