Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

A confiança epistêmica, ou seja, a confiança que depositamos em outras pessoas como fontes de conhecimento e informação, é fundamental para o desenvolvimento social e cognitivo. Para pessoas com deficiência intelectual leve a moderada ou com funcionamento intelectual limítrofe, avaliar essa confiança pode ser um desafio. Um estudo recente adaptou o Questionário de Confiança Epistêmica (QET) para essa população, buscando uma ferramenta mais precisa e relevante.

O estudo envolveu 147 adultos e investigou a estrutura do questionário, sua confiabilidade e validade. Os resultados replicaram a estrutura de quatro fatores do QET, após a exclusão de alguns itens com baixa relevância. A consistência interna das subescalas variou de 0,74 a 0,81, com exceção da subescala de Hipervigilância, que apresentou um valor de 0,58. A confiabilidade teste-reteste das subescalas ficou entre 0,504 e 0,747. Não foi encontrada validade convergente com o Questionário de Funcionamento Reflexivo (RFQ), mas a validade discriminante foi confirmada com outras escalas que medem aspectos do desenvolvimento emocional e do espectro autista.

Os resultados sugerem que o QET adaptado é promissor para avaliar a confiança epistêmica em pessoas com deficiência intelectual leve a moderada, especialmente em nível de subescala. No entanto, os autores ressaltam a importância de refinar os itens do questionário com expressões mais figurativas, a fim de facilitar a compreensão e aumentar a precisão das respostas. O desenvolvimento de ferramentas como o QET adaptado é essencial para promover uma melhor compreensão das habilidades sociais e cognitivas de pessoas com deficiência intelectual, auxiliando no desenvolvimento de intervenções mais eficazes e personalizadas para essa população. A avaliação da confiança epistêmica pode ser um passo importante para melhorar a inclusão e a qualidade de vida dessas pessoas.

Origem: Link

Deixe comentário