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Estudos recentes têm explorado a possível ligação entre condições maternas durante a gravidez e o desenvolvimento de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos filhos. Uma revisão sistemática e meta-análise investigou especificamente a associação entre o diagnóstico de Síndrome do Ovário Policístico (SOP) ou diabetes gestacional (DG) nas mães e o risco de TEA em seus descendentes.

A análise, abrangendo estudos de 1980 a 2023, identificou um risco aumentado de TEA em filhos de mulheres diagnosticadas com DG e SOP. Os resultados indicaram que filhos de mães com diabetes gestacional apresentaram um risco relativo de 1,23 de desenvolver TEA, enquanto filhos de mães com SOP apresentaram um risco relativo de 1,35. Esses números sugerem uma associação estatisticamente significativa entre essas condições maternas e o desenvolvimento de autismo.

É importante ressaltar que a pesquisa se limitou a estudos realizados no hemisfério norte. Além disso, uma análise de sensibilidade apontou que o risco de TEA era particularmente elevado em mães com DG que também apresentavam obesidade. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos em outras regiões geográficas e investigações mais aprofundadas sobre como os níveis hormonais variáveis na SOP e o momento do diagnóstico de DG podem influenciar essas associações. Estudos futuros devem confirmar essas associações, considerar possíveis fatores de confusão e investigar se essas condições maternas contribuem direta ou indiretamente para o risco de autismo. A compreensão desses mecanismos pode abrir caminho para intervenções preventivas e melhores estratégias de cuidado durante a gravidez.

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