Saúde Desvendada

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Entender como o cérebro coordena nossos movimentos para interagir com o mundo é um desafio fascinante. Uma nova pesquisa focou em desvendar os mecanismos neurais por trás da capacidade de pegar e usar objetos de maneira funcional. O estudo investigou o lóbulo parietal inferior, uma região cerebral crucial para a representação de ações.

O giro supramarginal (GSM), uma estrutura dentro do lóbulo parietal inferior, demonstrou ser particularmente importante no processamento de padrões de manipulação direcionados a objetos. Os pesquisadores descobriram que as representações neurais de ações complexas direcionadas a objetos no GSM podem ser previstas por um modelo de codificação linear. Este modelo constrói ações complexas a partir de um conjunto definido de sinergias cinemáticas – combinações únicas de posturas e movimentos dos dedos, mãos, pulsos e braços.

Os resultados revelaram que a atividade no GSM é especificamente modulada pelas propriedades cinemáticas das ações direcionadas a objetos, e não pelas suas características visuais. Essa característica, centrada na ação e não na visão, está alinhada com estudos neuropsicológicos sobre apraxia do membro superior, uma condição que afeta a capacidade de realizar movimentos propositais. Em conjunto, essas descobertas sugerem que o GSM constrói ações direcionadas a objetos a partir de sinergias cinemáticas básicas, de forma semelhante a como as características articulatórias e de voz se combinam para formar segmentos fonológicos na produção da linguagem falada. Essa pesquisa abre novas perspectivas sobre a organização do cérebro e o controle motor, podendo ter implicações para a reabilitação de pacientes com dificuldades motoras.

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