Cárie Precoce e Autismo: Estudo Alerta para Riscos e Necessidade de Intervenção
Um estudo recente realizado no Cazaquistão e na Ucrânia revelou uma preocupante ligação entre crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e um maior risco de desenvolver cárie precoce. A pesquisa, publicada no Journal of International Society of Preventive & Community Dentistry, aponta para práticas de higiene bucal deficientes e um pH oral mais ácido como fatores contribuintes significativos para esse aumento no risco.
O estudo envolveu 190 crianças com idades entre 5 e 6 anos, divididas em dois grupos: crianças com TEA e um grupo de controle sem o transtorno. Os pesquisadores coletaram dados sobre hábitos de higiene bucal, dieta e pH da saliva através de questionários com os pais e exames clínicos. Os resultados mostraram que, no Cazaquistão, apenas 16,07% das crianças com TEA escovavam os dentes duas vezes ao dia, em comparação com 33,33% na Ucrânia. Além disso, os índices de placa bacteriana indicaram uma higiene bucal precária em ambos os países, e o pH da saliva era significativamente mais baixo (mais ácido) nas crianças com TEA.
Esses achados reforçam a importância de desenvolver intervenções e diretrizes específicas para a saúde bucal de crianças com TEA, independentemente de sua localização geográfica. A implementação de programas educativos direcionados, que envolvam pais e cuidadores, pode melhorar as práticas de higiene oral e reduzir o risco de cárie precoce nesse grupo vulnerável. A conscientização sobre a relação entre dieta, pH oral e saúde bucal também é crucial para promover hábitos saudáveis desde a infância. A identificação precoce e o tratamento adequado das cáries são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida das crianças com TEA.
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