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Um estudo recente investigou como diferentes formas de direcionar a atenção podem influenciar a marcha e o equilíbrio em crianças com paralisia cerebral unilateral (PCU). A pesquisa comparou duas abordagens: o foco externo da atenção (FEA), que envolve concentrar-se no efeito do movimento no ambiente, e o foco interno da atenção (FIA), que se concentra nas sensações corporais durante o movimento.

No estudo, crianças com PCU entre 6 e 12 anos foram divididas em dois grupos, cada um recebendo seis semanas de exercícios de equilíbrio e marcha. A única diferença entre os grupos foi o tipo de instrução dada. O grupo FEA recebeu instruções para focar em alvos externos, como a distância que conseguiam alcançar com um passo, enquanto o grupo FIA foi instruído a prestar atenção aos movimentos dos seus pés e pernas. Os resultados mostraram que o grupo FEA apresentou melhorias significativamente maiores na cadência da marcha (número de passos por minuto) e na estabilidade postural, avaliada através da Escala de Equilíbrio Pediátrica (PBS).

A descoberta sugere que, para crianças com PCU, instruir o foco da atenção para o ambiente externo pode ser mais eficaz do que concentrar-se nas sensações internas do corpo durante o treinamento de marcha e equilíbrio. Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender completamente os mecanismos por trás dessa melhora e determinar a relevância clínica das diferenças observadas, este estudo oferece insights valiosos para fisioterapeutas e outros profissionais de Saude que trabalham com crianças com paralisia cerebral, indicando que a forma como as instruções são dadas pode ter um impacto significativo nos resultados do tratamento. A otimização do foco atencional pode ser uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida e a independência funcional dessas crianças.

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