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Após um acidente vascular cerebral (AVC), avaliar a funcionalidade e o grau de incapacidade do paciente é crucial para direcionar o tratamento e alocar recursos de forma eficaz. Uma ferramenta importante nesse processo é o World Health Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0), um questionário que avalia a capacidade do indivíduo em realizar diversas atividades.

Um estudo recente investigou a Mudança Mínima Importante (MIC) do WHODAS 2.0 em pacientes com AVC crônico, utilizando diferentes abordagens estatísticas. A MIC representa a menor mudança no escore do WHODAS 2.0 que é considerada significativa para o paciente. Cinquenta participantes com AVC crônico foram avaliados no início do estudo e após seis meses. Os pesquisadores aplicaram métodos estatísticos diversos para estimar a MIC, incluindo métodos baseados na distribuição dos dados, abordagens ancoradas e análise da curva ROC. Os resultados mostraram que as estimativas de MIC variaram dependendo do método utilizado, com valores de 1,6 pontos (erro padrão de medição), 5,28 pontos (0,33 × desvio padrão) e 8 pontos (0,5 × desvio padrão).

O estudo concluiu que os valores de MIC para o WHODAS 2.0 em AVC crônico diferem conforme o método de cálculo. O limiar de 5,28 pontos apresentou o valor preditivo mais equilibrado, mas deve ser interpretado com cautela. Esses achados reforçam a importância de utilizar múltiplos métodos na avaliação e enfatizam a necessidade de uma avaliação centrada no paciente, bem como a consistência metodológica na determinação da MIC. Compreender a MIC do WHODAS 2.0 pode auxiliar os profissionais de saúde a monitorar o progresso dos pacientes após um AVC e a ajustar o tratamento de forma mais precisa para melhorar a qualidade de vida.

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