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A doença de Parkinson (DP) é caracterizada por uma série de dificuldades motoras, incluindo a marcha. Pacientes frequentemente apresentam redução na velocidade e no comprimento dos passos, o que tende a se agravar com a progressão da doença. Embora existam tratamentos que proporcionam melhorias estatisticamente significativas, a restauração completa dos parâmetros normais da marcha é rara. Um estudo de caso recente, publicado na Cureus, explora uma abordagem inovadora: a mobilização do quadril.

Este estudo de caso focou em um paciente com DP que já estava sendo tratado com medicação para controlar os sintomas. Apesar do tratamento farmacológico, o paciente ainda apresentava bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez e a característica marcha festinante da DP, marcada por passos curtos e rápidos. Ao avaliar a amplitude de movimento passiva do quadril, os pesquisadores observaram limitações bilaterais em todos os planos. O paciente foi submetido a apenas duas sessões de mobilização e alongamento do quadril.

Os resultados foram surpreendentes. Após as duas sessões, a amplitude de movimento do quadril aumentou, e os parâmetros da marcha melhoraram significativamente, aproximando-se dos valores normais para sua idade e sexo. A velocidade da marcha aumentou 20,4%, o comprimento do passo cresceu 30,2% e a cadência diminuiu 7,3%. O mais notável é que essas melhorias persistiram após duas semanas, permitindo que o paciente retornasse à prática de tênis. Este caso sugere que a mobilização do quadril pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida de pacientes com Parkinson, especialmente aqueles que enfrentam dificuldades com a marcha. Mais pesquisas controladas são necessárias para explorar a relação entre a amplitude de movimento passiva, a mobilização articular e os parâmetros da marcha na DP.

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