Saúde Desvendada

Lesões na medula espinhal (LME) frequentemente resultam na quebra da mielina e na perda de neurônios no local da lesão, um cenário agravado pelo aumento do estresse oxidativo. Uma pesquisa recente explora uma plataforma abrangente que combina suportes (scaffolds), agentes terapêuticos e células-tronco, com o objetivo de restaurar estruturas e vias neurais danificadas pela LME.

Neste estudo, os pesquisadores criaram scaffolds por meio da eletrofiação de um composto de PCL (poli-ε-caprolactona) e nanotubos de carbono de paredes múltiplas funcionalizados (f-MWCNTs). Esses scaffolds foram revestidos com ácido elágico lipossomal (EA@lip) e semeadas com células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo (ADMSCs). A concentração ideal do fármaco foi determinada por meio de ensaios MTT e DPPH, realizados em diferentes intervalos de tempo. Após avaliar a biocompatibilidade e as propriedades anti-inflamatórias dos scaffolds para as ADMSCs, o implante foi testado em um modelo de hemissecção dorsal em ratas Wistar.

Os resultados demonstraram que o EA@lip apresentou tamanho, potencial zeta e concentração lipídica desejados. A microscopia eletrônica de transmissão revelou que os f-MWCNTs estavam bem alinhados ao longo das nanofibras. O EA@lip aumentou significativamente a hidrofilicidade dos scaffolds. Os ensaios *in vitro* indicaram que a plataforma exibiu efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios superiores para as ADMSCs. Avaliações histológicas revelaram que a plataforma híbrida facilitou a regeneração da mielina e dos neurônios, correlacionando-se com a melhora nos níveis sanguíneos de marcadores oxidativos. A pesquisa sugere que a combinação de ADMSCs com scaffolds de PCL/f-MWCNT revestidos com EA@lip apresenta um potencial significativo para aplicações na regeneração da medula espinhal. A utilização de ácido elágico lipossomal parece ser um componente chave para o sucesso da terapia, demonstrando um avanço promissor no tratamento de lesões medulares.

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