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A estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) tem se mostrado uma terapia eficaz para pacientes que sofrem de depressão resistente ao tratamento (DRT). No entanto, um estudo recente investigou as diferenças entre a avaliação subjetiva do paciente e a avaliação objetiva do médico em relação à melhora dos sintomas após a terapia EMTr.

A pesquisa, conduzida em dois centros, envolveu 69 participantes diagnosticados com DRT. Durante o estudo observacional prospectivo, os pesquisadores analisaram as respostas dos pacientes utilizando a Escala de Hamilton para Depressão (HAMD-17), aplicada por clínicos, e o Inventário Rápido de Sintomatologia Depressiva – Auto Relato (QIDS-SR), preenchido pelos próprios pacientes. Os resultados revelaram que, após seis semanas de tratamento, as taxas de remissão e resposta foram significativamente maiores na avaliação dos clínicos (HAMD-17) em comparação com o auto relato dos pacientes (QIDS-SR). Especificamente, a melhora foi mais evidente em áreas comportamentais e cognitivas, como trabalho/atividade e retardo psicomotor.

Apesar das melhorias notáveis, o estudo apontou discrepâncias significativas em sintomas como humor deprimido, distúrbios do sono, sintomas somáticos e ideação suicida. Pacientes com maior nível de escolaridade e que receberam mais sessões de EMTr apresentaram maior probabilidade de atingir critérios objetivos de remissão ou resposta sem, contudo, perceberem uma melhora subjetiva correspondente. Esses achados enfatizam a importância de integrar ambas as formas de avaliação, subjetiva e objetiva, na análise da eficácia da EMTr, sugerindo que futuras intervenções devem otimizar os protocolos de estimulação e adotar estratégias centradas no paciente. A compreensão destas diferenças é crucial para otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DRT.

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