Artroplastia Total do Tornozelo com Guia de Corte Personalizado: Uma Nova Abordagem
A artroplastia total do tornozelo (ATT) tem se tornado uma alternativa cirúrgica viável para o tratamento da artrite em estágio terminal do tornozelo nas últimas três décadas. O principal objetivo da ATT é aliviar a dor e preservar a amplitude de movimento da articulação, protegendo as articulações adjacentes. Um alinhamento preciso dos componentes é crucial para a durabilidade e o sucesso da ATT, pois o desalinhamento pode levar a padrões de carga anormais, desgaste do polietileno e falha precoce do implante.
Uma técnica inovadora utiliza guias de corte personalizados, baseados em tomografias computadorizadas (TC) pré-operatórias do tornozelo do paciente. Com base nessas imagens, um plano cirúrgico detalhado é criado, considerando o tamanho e o posicionamento ideais dos componentes do implante. O cirurgião revisa este plano, fazendo as correções e ajustes necessários antes da fabricação dos guias de corte. Durante a cirurgia, esses guias são fixados temporariamente ao osso para orientar a ressecção óssea precisa, garantindo um alinhamento ideal do implante. A técnica envolve uma abordagem anterior, com incisão central e dissecção cuidadosa para proteger as estruturas nervosas e vasculares. Após a ressecção óssea guiada, os componentes protéticos são inseridos e fixados, com atenção meticulosa ao equilíbrio ligamentar e à amplitude de movimento.
Em comparação com a artrodese do tornozelo (fusão), estudos demonstraram que a ATT pode resultar em melhores resultados relatados pelos pacientes, sem um aumento significativo nas taxas de revisão ou complicações. Pacientes submetidos à ATT geralmente iniciam a carga de peso mais cedo e apresentam uma marcha mais natural em comparação com aqueles que se submetem à artrodese. A utilização de guias de corte personalizados pode ainda melhorar a precisão do implante e reduzir o tempo cirúrgico, minimizando o risco de complicações. A seleção criteriosa de pacientes e implantes, juntamente com o gerenciamento meticuloso dos tecidos moles, são fatores-chave para o sucesso da ATT. É essencial comunicar as expectativas aos pacientes e prepará-los para a possibilidade de procedimentos secundários menores. O objetivo final é restaurar o alinhamento adequado do tornozelo e do pé, permitindo que os pacientes retomem suas atividades com menos dor e maior funcionalidade. Alternativas não cirúrgicas incluem modificações no calçado, uso de anti-inflamatórios não esteroides, fisioterapia e uso de órteses.
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