Saúde Desvendada

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A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez, continua sendo um problema de saúde pública no Brasil. Um estudo realizado em uma maternidade de referência em uma capital brasileira avaliou a prevalência e o tratamento adequado da doença em recém-nascidos, revelando importantes desafios no sistema de saúde.

A pesquisa, que analisou dados de notificações de casos de sífilis congênita entre 2016 e 2019, identificou uma alta proporção de mães com ensino médio completo e que se autodeclararam pardas. Surpreendentemente, em muitos casos, o diagnóstico de sífilis na mãe ocorreu somente no momento do parto ou após, indicando falhas na detecção precoce durante o pré-natal. Entre os recém-nascidos, quase um terço apresentou sintomas da doença, sendo a icterícia o mais comum.

Apesar da maioria dos bebês receberem alta hospitalar após o tratamento, o estudo também registrou casos de óbitos relacionados à sífilis, incluindo um aborto e um natimorto, o que demonstra a gravidade da doença quando não tratada adequadamente. Os resultados ressaltam a importância do acesso ao diagnóstico precoce para gestantes e da triagem neonatal. Além disso, enfatizam a necessidade urgente de ampliar as iniciativas de educação em saúde, visando aumentar a conscientização sobre a sífilis congênita entre as mulheres grávidas e seus parceiros, para garantir um pré-natal de qualidade e reduzir a incidência dessa doença evitável.

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