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A reabilitação de pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) é um processo complexo e multifacetado. Uma das abordagens terapêuticas que tem demonstrado eficácia é a terapia de movimento induzido por restrição (mCIMT), que visa melhorar a função do membro superior afetado. Um estudo recente avaliou a implementação dessa terapia em um serviço de reabilitação precoce em domicílio, buscando otimizar a recuperação dos pacientes e facilitar sua reintegração à vida cotidiana.

O estudo, realizado na Austrália, envolveu a integração da mCIMT em um serviço de alta precoce assistida (ESD), com o objetivo de aumentar a entrega dessa terapia dentro dos recursos existentes. A mCIMT consiste em restringir o movimento do membro superior não afetado, forçando o paciente a utilizar o membro afetado em atividades diárias. A pesquisa utilizou uma abordagem mista, combinando dados quantitativos e qualitativos, para avaliar o processo de implementação, incluindo a adesão ao protocolo, a aceitação pelos pacientes e a percepção dos profissionais de saúde.

Os resultados mostraram que a mCIMT foi integrada com sucesso ao serviço de ESD, demonstrando a viabilidade de implementar intervenções complexas dentro dos recursos existentes. Os profissionais de saúde relataram melhora no conhecimento, habilidades e confiança para identificar pacientes elegíveis e fornecer programas de mCIMT. No entanto, o estudo também apontou desafios relacionados à sustentabilidade a longo prazo da terapia. Pesquisas futuras devem focar em estratégias para garantir que os pacientes pós-AVC recebam consistentemente intervenções baseadas em evidências, com foco em mudanças nas políticas de saúde para promover a continuidade do tratamento e maximizar os benefícios para os pacientes.

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