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O autismo afeta aproximadamente 1 em cada 100 pessoas e surge da interação complexa entre alterações genéticas raras e fatores ambientais. O diagnóstico é frequentemente baseado em dificuldades sociais e de comunicação, juntamente com a presença de comportamentos restritos e repetitivos. A etiologia do autismo é multifacetada, e uma das hipóteses propostas é a da motivação social, que sugere que um desequilíbrio na importância de estímulos sociais em relação aos não sociais contribui para o desenvolvimento do fenótipo do autismo.

Um estudo recente investigou a motivação em um modelo de camundongo com a mutação R451C no gene neuroligin-3, uma alteração genética rara associada ao autismo. Esses camundongos, conhecidos como NL3, exibem características relacionadas ao autismo, como dificuldades na interação social e na motivação social. A pesquisa focou na motivação não social, utilizando tarefas como a razão progressiva (PR) e a preferência de lugar condicionada. Os resultados iniciais da tarefa PR foram inconsistentes, sugerindo motivação não social reduzida, inalterada ou elevada, dependendo do desenho experimental.

Após uma análise aprofundada, os pesquisadores descobriram que a resposta reduzida na tarefa PR pelos camundongos NL3 provavelmente resultou de uma combinação de fatores, incluindo uma maior capacidade de reter respostas durante o treinamento e um cronograma de treinamento PR mais curto. Por outro lado, o aumento na resposta PR em alguns camundongos NL3 foi atribuído a um maior grau de resposta habitual. Esses resultados sugerem que o modelo de camundongo NL3 pode representar melhor indivíduos autistas com motivação não social intacta, mas com alterações na atualização comportamental. O estudo destaca a importância de considerar múltiplos fatores ao investigar fenótipos comportamentais em modelos animais e oferece recomendações para o uso da tarefa PR em pesquisas futuras sobre o autismo.

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