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A reabilitação de indivíduos que utilizam próteses de membros inferiores vai além do simples ajuste e aprendizado do uso do dispositivo. Um estudo recente publicado no Irish Journal of Medical Science revelou uma conexão importante entre a função cognitiva e o desempenho físico desses usuários. A pesquisa destaca que habilidades cognitivas como atenção, memória e capacidade de planejamento desempenham um papel crucial na mobilidade e equilíbrio.

O estudo envolveu usuários de próteses de membros inferiores e avaliou suas funções cognitivas através do Teste de Avaliação Cognitiva de Montreal. Em seguida, os participantes foram submetidos a testes de desempenho físico, incluindo o teste Timed Up and Go (tanto em condição de tarefa única quanto dupla, para simular situações cotidianas), o Four Square Step Test (que avalia o equilíbrio dinâmico) e o teste de caminhada para trás. Os resultados mostraram uma associação significativa entre a pontuação no teste cognitivo e o desempenho nos testes de mobilidade, especialmente em tarefas que exigiam atenção dividida e equilíbrio dinâmico.

Essas descobertas reforçam a importância de uma abordagem holística na reabilitação de pessoas com amputação. Ao invés de focar apenas no treinamento físico, os profissionais de saúde devem considerar a avaliação e o tratamento das funções cognitivas. Intervenções que visam melhorar a atenção, a memória e a capacidade de realizar múltiplas tarefas simultaneamente podem ter um impacto positivo na mobilidade, equilíbrio e, consequentemente, na qualidade de vida dos usuários de próteses de membros inferiores. A integração de exercícios cognitivos e físicos pode otimizar os resultados da reabilitação e promover uma maior independência e segurança nas atividades diárias.

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