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Um estudo piloto recente investigou a relação entre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em adultos e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), buscando identificar possíveis biomarcadores autonômicos para a condição. A pesquisa, publicada no periódico PCN reports : psychiatry and clinical neurosciences, utilizou um paradigma de três estados comportamentais para avaliar as respostas fisiológicas de indivíduos com TDAH em comparação com um grupo controle.

Durante o estudo, os participantes foram submetidos a um período de repouso inicial, seguido por uma tarefa de geração de números aleatórios (para induzir um estado de atenção e esforço cognitivo) e, finalmente, um período de repouso pós-tarefa. A VFC, um indicador da atividade do sistema nervoso autônomo, foi medida através de parâmetros de domínio da frequência, como a frequência baixa (LF), a frequência alta (HF) e a razão LF/HF. Os resultados revelaram que os indivíduos com TDAH apresentaram pontuações significativamente mais altas na razão LF/HF durante o estado de repouso, sugerindo um desequilíbrio na atividade autonômica em relação ao grupo controle.

Além disso, o estudo observou que, enquanto o grupo controle demonstrava um aumento na razão LF/HF durante a tarefa, essa resposta não foi observada nos participantes com TDAH. Essa ausência de modulação autonômica em resposta ao desafio cognitivo pode indicar uma disfunção na regulação da atenção e do estado de alerta em indivíduos com TDAH. Embora a frequência cardíaca (FC) e a HF tenham apresentado padrões semelhantes entre os grupos, as correlações positivas encontradas entre as pontuações da VFC e as escalas de autoavaliação de TDAH e humor reforçam a importância da avaliação autonômica no contexto do transtorno. Este estudo piloto sugere que a VFC pode ser uma ferramenta promissora para identificar e caracterizar melhor os aspectos fisiológicos do TDAH em adultos, auxiliando no desenvolvimento de intervenções mais direcionadas.

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