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A qualidade do sono é fundamental para a recuperação e a saúde geral, especialmente para indivíduos que sofrem de osteoartrite no joelho. Para essas pessoas, a perturbação do sono é comum e está associada a piores resultados clínicos. A crescente popularidade dos trackers de sono comerciais, como smartwatches, oferece uma opção acessível para monitorar o sono. No entanto, a precisão desses dispositivos em detectar o sono, o despertar e os diferentes estágios do sono ainda é uma questão em aberto.

Um estudo recente investigou a capacidade de um smartwatch comercial, o Fitbit Sense, em medir com precisão os padrões de sono noturno em pacientes com osteoartrite no joelho e insônia. Os pesquisadores compararam os dados coletados pelo Fitbit Sense com os resultados da polissonografia (PSG), o padrão-ouro para o estudo do sono, realizada em casa. Os dados foram coletados de 53 participantes durante 62 noites, usando ambos os métodos de monitoramento simultaneamente. Os resultados indicaram que o Fitbit Sense apresentou alta precisão (85,76%) e sensibilidade (95,95%) na detecção do sono. No entanto, a especificidade foi menor (50,96%), o que significa que o dispositivo teve dificuldade em distinguir entre o estado de vigília tranquilo e o sono real. Em noites com sono mais longo e menos interrupções, a concordância entre o Fitbit e a polissonografia foi maior.

Apesar de suas limitações na diferenciação dos estágios do sono – frequentemente confundindo o sono profundo e REM com o sono leve – o Fitbit Sense pode ser uma ferramenta útil para monitorar a duração, o horário e a regularidade do sono em pacientes com osteoartrite e insônia. É importante ressaltar que os dados referentes aos estágios do sono e à fragmentação do sono devem ser interpretados com cautela, tanto em ambientes clínicos quanto em pesquisas. Em resumo, o estudo sugere que, embora os smartwatches não substituam os métodos tradicionais de avaliação do sono, eles podem complementar o monitoramento, fornecendo informações valiosas sobre os padrões gerais de sono desses pacientes. O uso consciente desses dispositivos, com o conhecimento de suas limitações, pode auxiliar na gestão da saúde do sono.

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