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O propionato, um ácido graxo de cadeia curta (AGCC), emerge como um componente vital produzido pela microbiota intestinal durante a fermentação de fibras alimentares. Embora o butirato seja mais conhecido por seus efeitos benéficos, o propionato desempenha papéis cruciais na modulação imunológica, no metabolismo e na homeostase da mucosa intestinal. Este artigo explora os impactos multifacetados do propionato na saúde, desde a sua influência no metabolismo energético até o seu papel em doenças gastrointestinais.

O propionato atua como uma molécula sinalizadora através dos receptores FFAR2/FFAR3, influenciando a imunidade, o metabolismo energético e a comunicação entre o intestino e o cérebro. Estudos indicam que ele pode oferecer benefícios significativos em distúrbios metabólicos, como a obesidade e a diabetes tipo 2, além de contribuir para o tratamento de doenças inflamatórias intestinais (DII). Adicionalmente, o propionato demonstra potencial terapêutico na doença hepática alcoólica (DHA), auxiliando na redução da inflamação e na proteção do fígado.

É importante notar que o excesso de propionato pode estar associado a efeitos adversos, incluindo neurotoxicidade, distúrbios do espectro autista (TEA) e disfunção mitocondrial. Portanto, a utilização do propionato requer uma abordagem personalizada, considerando o contexto patológico específico, a composição da microbiota intestinal do indivíduo e a dosagem apropriada para evitar efeitos colaterais indesejados. A compreensão do papel do propionato na saúde intestinal e geral pode abrir novas avenidas para intervenções nutricionais e terapêuticas mais eficazes e direcionadas.

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