Inteligência Artificial no Diagnóstico de Autismo e Gelotofobia: Uma Nova Abordagem
Um estudo recente demonstra o potencial da combinação de técnicas de aprendizado profundo (deep learning) com ferramentas de diagnóstico validadas para a detecção da gelotofobia, especialmente em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A gelotofobia, definida como o medo de ser ridicularizado, é uma condição de ansiedade social que pode afetar significativamente a qualidade de vida, principalmente em adolescentes com TEA de alto funcionamento.
A pesquisa desenvolveu um sistema de diagnóstico baseado em inteligência artificial que integra o reconhecimento de expressões faciais com questionários específicos. O sistema foi treinado utilizando um vasto conjunto de dados de imagens faciais, tanto de indivíduos com TEA quanto de indivíduos neurotípicos, para identificar marcadores faciais associados à gelotofobia. Em casos onde as expressões faciais eram ambíguas, um questionário validado, o GELOPH, foi utilizado para confirmar o diagnóstico, aumentando a precisão e a confiabilidade do sistema.
Os resultados mostraram uma alta precisão na detecção da gelotofobia, o que sugere um grande potencial para aplicações clínicas e de pesquisa. A capacidade de diagnosticar precocemente a gelotofobia em indivíduos com TEA pode levar a intervenções mais eficazes, melhorando o bem-estar e a integração social desses indivíduos. Além disso, essa abordagem inovadora pode ser expandida para abranger outras avaliações psicológicas, abrindo novas perspectivas para o uso da inteligência artificial no campo da saúde mental. O estudo ressalta a importância de combinar a tecnologia com ferramentas tradicionais para aprimorar o diagnóstico e o tratamento de condições complexas como a gelotofobia e o autismo.
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