Saúde Desvendada

Distúrbios do sono são comuns em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), impactando negativamente sua qualidade de vida e a de seus cuidadores. Uma recente meta-análise sistemática investigou a eficácia de diversas terapias para melhorar o sono nesses indivíduos, revelando resultados promissores para abordagens não farmacológicas.

O estudo analisou 35 ensaios clínicos randomizados, comparando cinco intervenções: melatonina, educação parental sobre sono, intervenções comportamentais, atividade física e terapias adjuvantes. Surpreendentemente, a atividade física demonstrou o maior efeito positivo no sono das crianças com TEA. Programas de exercícios, como natação ou artes marciais, mostraram ser mais eficazes para ajudar as crianças a adormecerem mais rápido e permanecerem dormindo por mais tempo. A melatonina também apresentou bons resultados, mas com potenciais efeitos colaterais, como sonolência matinal.

Com base nessas descobertas, os pesquisadores recomendam um modelo de tratamento escalonado. A atividade física regular (30-45 minutos, 3-5 vezes por semana), combinada com a educação dos pais sobre higiene do sono via teleconsultas, deve ser considerada como tratamento de primeira linha. Para aqueles que não respondem a essa abordagem inicial, a melatonina de liberação prolongada e a terapia cognitivo-comportamental com o apoio de um terapeuta podem ser consideradas. A identificação de tratamentos eficazes pode reduzir o estresse dos cuidadores e melhorar a qualidade de vida das crianças com TEA, promovendo um sono mais reparador e, consequentemente, um melhor funcionamento diurno.

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