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Mulheres autistas enfrentam uma maior incidência de problemas de saúde física e mental, além de um risco aumentado de mortalidade precoce e suicídio, quando comparadas a homens autistas e mulheres não autistas. Um estudo recente investigou as experiências de mulheres autistas do Reino Unido ao acessarem serviços de saúde na meia-idade e terceira idade, revelando desafios significativos e áreas que necessitam de atenção.

A pesquisa, que envolveu entrevistas com mulheres entre 51 e 73 anos, identificou quatro temas principais. Primeiramente, o estigma e os estereótipos associados ao autismo entre os profissionais de saúde resultaram em cuidados de baixa qualidade. Em segundo lugar, a acumulação de experiências negativas no sistema de saúde diminuiu a confiança dessas mulheres nos serviços oferecidos. A complexidade na navegação do sistema de saúde também se mostrou um obstáculo. Por fim, as participantes expressaram preocupações sobre o futuro, incluindo o envelhecimento e suas potenciais consequências em suas necessidades de saúde e suporte. Elas também manifestaram esperança por melhorias futuras nos cuidados de saúde.

As mulheres relataram sentir-se estigmatizadas devido às interações negativas com profissionais de saúde, e a interseção entre idade e gênero contribuiu para que suas necessidades relacionadas ao autismo fossem negligenciadas ou mal compreendidas. O estudo destaca a importância de uma melhor compreensão e apoio para mulheres autistas em ambientes de saúde, ressaltando a necessidade de sensibilização e treinamento adequados para profissionais, além de sistemas de saúde mais acessíveis e compreensíveis. É crucial que os serviços de saúde reconheçam e atendam às necessidades específicas das mulheres autistas na meia-idade e terceira idade, promovendo um envelhecimento saudável e com qualidade de vida.

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