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Lesões crônicas por chicote cervical (LACC) representam um desafio significativo no campo da saúde, impactando a qualidade de vida e gerando custos consideráveis para a sociedade. Um estudo recente investigou a eficácia de uma abordagem moderna baseada na neurociência da dor (MPNA) em comparação com a fisioterapia usual (UC) no tratamento dessas lesões persistentes.

O estudo, um ensaio clínico randomizado multicêntrico, envolveu pacientes com LACC com idades entre 18 e 65 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo recebeu MPNA, que incluiu educação sobre a neurociência da dor, gerenciamento de estresse e exercícios terapêuticos direcionados à cognição e ao tempo; o outro grupo recebeu UC, que consistiu em educação com foco biomédico e exercícios terapêuticos contingentes aos sintomas. Ambos os grupos participaram de 18 sessões ao longo de 16 semanas.

Os resultados revelaram que, embora não tenha havido diferenças significativas no desfecho primário (incapacidade relacionada à dor no pescoço) após 6 meses, o grupo MPNA apresentou melhoras notáveis imediatamente após o tratamento e em um acompanhamento de 12 meses. Observou-se uma redução maior na incapacidade relacionada à dor no pescoço no grupo MPNA, além de benefícios adicionais na ansiedade relacionada à dor e nos sintomas de sensibilização central autorrelatados. Ademais, a abordagem MPNA demonstrou ser mais custo-efetiva. Esses achados sugerem que a MPNA é uma abordagem promissora para o tratamento de LACC, oferecendo uma alternativa terapêutica que visa não apenas os aspectos físicos da dor, mas também os fatores psicológicos e cognitivos que contribuem para a persistência do quadro. O estudo destaca a importância de abordagens multidisciplinares no tratamento de condições dolorosas crônicas.

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