Saúde Desvendada

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A internação de um ente querido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) representa um período de grande estresse e desafios para os familiares. Além da preocupação com a saúde do paciente, surgem questões emocionais, sociais e até mesmo financeiras. Uma pesquisa recente buscou mapear e analisar as diversas formas como o impacto dessa experiência tem sido avaliado em estudos científicos.

O estudo revisou mais de nove mil artigos publicados entre 2000 e 2024, identificando 388 pesquisas que investigaram os resultados em familiares de pacientes críticos. Um dado alarmante é a grande variedade de instrumentos de avaliação utilizados – mais de 200 diferentes. Esses instrumentos exploram desde a qualidade de vida e bem-estar dos familiares até aspectos psicológicos, como ansiedade e depressão, e sociais, como o impacto na rotina e nas relações interpessoais. A maioria dos estudos analisados foi de natureza observacional, com acompanhamento dos familiares por diferentes períodos de tempo.

A diversidade de métodos de avaliação dificulta a comparação dos resultados entre os estudos e a identificação de intervenções eficazes para apoiar os familiares. A pesquisa ressalta a importância de se estabelecer um conjunto padronizado de medidas para avaliar o impacto da UTI na família. Isso permitiria a realização de pesquisas mais robustas e confiáveis, que pudessem orientar a criação de programas de apoio adequados às necessidades específicas desse grupo, contribuindo para a melhora da qualidade de vida e bem-estar dos entes queridos de pacientes em estado crítico. O estudo destaca que a maioria das pesquisas se concentrou nos Estados Unidos, Canadá e Europa, sugerindo a necessidade de mais estudos em outros contextos culturais e socioeconômicos.

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