Fadiga Mental e Envelhecimento: Como o Cérebro Reage ao Declínio da Vigilância
Com o envelhecimento da população, a fadiga mental em idosos se torna uma preocupação crescente, impactando a segurança e a economia. Um estudo recente investigou as diferenças na atividade cerebral entre jovens e idosos durante períodos de declínio da vigilância. O objetivo era entender como o cérebro se reorganiza em resposta à fadiga mental em diferentes faixas etárias.
Para induzir a fadiga mental, os participantes foram submetidos a uma tarefa de vigilância psicomotora (PVT) de 30 minutos. Durante a tarefa, foram coletados dados de desempenho comportamental e eletroencefalografia (EEG) de um grupo de idosos saudáveis (n=30) e um grupo de jovens (n=40). A análise da conectividade funcional do EEG revelou padrões distintos de alterações na topologia da rede cerebral entre os dois grupos. Ambos os grupos apresentaram um declínio no desempenho comportamental ao longo do tempo, mas os idosos mostraram uma desconexão cerebral em uma ampla faixa de frequência (1-45 Hz), indicando uma arquitetura de rede menos eficiente.
A pesquisa revelou que a eficiência nodal, uma medida da capacidade de um nó na rede cerebral de se comunicar com outros nós, estava significativamente reduzida em diversas regiões do cérebro dos idosos. A área frontal, crucial para a atenção e o controle cognitivo, apresentou uma interação significativa entre idade e tempo, evidenciando um declínio acentuado nos idosos. Além disso, foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre as métricas comportamentais e as da rede cerebral. Esses resultados oferecem insights valiosos sobre os mecanismos neurais subjacentes às diferenças relacionadas à idade na fadiga mental, podendo contribuir para estratégias de otimização do desempenho em ambientes que exigem alta vigilância.
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