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Um estudo inovador investigou as variações no número de cópias de genes (CNVs) e sua relação com diversas condições psiquiátricas. A pesquisa, que analisou dados de mais de 570 mil participantes, identificou associações significativas entre CNVs raras e transtornos como autismo, TDAH, transtorno bipolar, depressão maior, PTSD e esquizofrenia. A análise revelou 35 associações relevantes em 18 regiões do genoma, incluindo novas ligações para esquizofrenia nos genes SMYD3 e USP7 – HAPSTR1.

Um dos achados mais interessantes foi a constatação de que as CNVs raras contribuem para 1-3% da hereditariedade dessas condições. No autismo, as associações foram consistentemente positivas, sugerindo uma etiologia diversificada e apresentações clínicas variadas. Em contraste, outros transtornos, como esquizofrenia e PTSD, mostraram uma relação dose-dependente, com deleções e duplicações recíprocas de genes apresentando efeitos inversamente correlacionados e distintas relações genótipo-fenótipo. Essa descoberta indica que a quantidade de cópias de certos genes pode influenciar diretamente a manifestação dessas condições.

Os resultados da pesquisa apontam para a complexidade da genética das doenças psiquiátricas. A influência dose-dependente e pleiotrópica dos genes sugere que um efeito positivo em uma dimensão da psicopatologia pode ser acompanhado por efeitos positivos ou negativos em outras. Compreender essas relações complexas é crucial para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas para indivíduos com transtornos mentais. O estudo destaca a importância da pesquisa genômica para desvendar os mecanismos subjacentes às condições psiquiátricas e abrir caminho para novas abordagens de tratamento no futuro.

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