Autismo na Idade Adulta: Um Olhar sobre a Atividade Física
A participação em atividades físicas por adultos autistas é, frequentemente, menor do que a observada na população geral. Uma pesquisa recente buscou entender melhor os motivos por trás dessa disparidade, explorando as perspectivas e experiências de adultos autistas entre 36 e 59 anos.
O estudo, que envolveu entrevistas online semiestruturadas com 17 participantes, revelou que diversos fatores influenciam a adesão à atividade física nesse grupo. Entre eles, destacam-se as chamadas “pressuposições neuro-normativas” sobre o autismo e a atividade física. Essas pressuposições, muitas vezes inconscientes, podem criar barreiras e dificultar a construção de confiança entre profissionais da área e pessoas autistas. A pesquisa também enfatizou a importância da confiança e das sensibilidades sensoriais, que podem ser particularmente desafiadoras para alguns indivíduos autistas.
Os resultados apontam para a necessidade de práticas de atividade física que sejam informadas e adaptadas às necessidades, interesses e habilidades das pessoas neurodivergentes. Uma abordagem informada sobre o trauma também pode ser valiosa na construção de confiança e no suporte à participação em atividades físicas. Em última análise, a pesquisa ressalta a importância de coproduzir, junto com as pessoas autistas, estratégias e ambientes que promovam a atividade física de forma inclusiva e respeitosa.
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