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A agressividade e a irritabilidade representam desafios significativos no manejo de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), frequentemente demandando intervenções farmacológicas. Entre as opções terapêuticas, o divalproex, um anticonvulsivante e estabilizador de humor, tem sido utilizado off-label para mitigar esses sintomas. No entanto, sua eficácia e segurança nesse contexto permanecem sob investigação.

Uma revisão sistemática recente avaliou o uso do divalproex no tratamento da agressividade e irritabilidade em crianças com TEA. A análise considerou diversos estudos, incluindo ensaios clínicos randomizados, um estudo aberto e relatos de casos. Os resultados sugerem que a administração intravenosa (IV) de divalproex pode proporcionar uma redução rápida da agressão, indicando um potencial para estabilização em situações agudas. Por outro lado, o uso oral do medicamento apresentou resultados inconsistentes no controle da agressividade e irritabilidade crônicas.

É crucial estar ciente dos possíveis efeitos adversos associados ao divalproex, como ganho de peso, sedação e, paradoxalmente, ativação comportamental. Além disso, o risco de toxicidade aumenta em cenários de polifarmácia, onde a criança utiliza múltiplos medicamentos simultaneamente. Portanto, a decisão de utilizar divalproex deve ser cuidadosamente ponderada pelo médico, considerando os riscos e benefícios individuais de cada paciente. O monitoramento regular dos níveis séricos do medicamento é fundamental para garantir a segurança do tratamento. Em casos de uso prolongado, a avaliação de alternativas terapêuticas deve ser considerada.

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