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A hipoglicemia, caracterizada pelos baixos níveis de açúcar no sangue, representa uma emergência pediátrica comum que pode se manifestar de diversas maneiras. Uma das complicações mais graves associadas a essa condição são as crises convulsivas. O reconhecimento precoce desses episódios é crucial para o manejo eficaz e a prevenção de sequelas neurológicas a longo prazo.

Um estudo recente investigou as causas e os resultados neurológicos de crises hipoglicêmicas em crianças de diferentes faixas etárias. A pesquisa, conduzida ao longo de cinco anos em um centro hospitalar pediátrico, analisou dados de 79 pacientes. Os resultados revelaram que as causas da hipoglicemia variam conforme a idade da criança. Em recém-nascidos, a má alimentação, a asfixia ao nascer e o crescimento intrauterino restrito foram identificados como os principais fatores desencadeantes. Já em crianças mais velhas, o tratamento com insulina em pacientes diabéticos, a hipoglicemia cetótica, o hiperinsulinismo e a Doença de Armazenamento de Glicogênio (GSD) foram as etiologias mais frequentes.

As sequelas neurológicas mais observadas após crises hipoglicêmicas foram o atraso psicomotor global, o atraso isolado na fala e o atraso motor isolado. O estudo conclui que a educação materna sobre amamentação e a prevenção de altas hospitalares precoces podem contribuir para a prevenção da hipoglicemia em recém-nascidos. Em relação ao grupo pós-neonatal, a orientação dos pais sobre o uso correto da insulina é fundamental para evitar convulsões e outras consequências adversas. A conscientização sobre a hipoglicemia e suas potenciais complicações neurológicas é essencial para garantir o diagnóstico e o tratamento precoces, minimizando assim o impacto negativo na saúde e no desenvolvimento das crianças.

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