Compreendendo os Gatilhos da Intenção no Rastreamento Precoce do Autismo: O Papel da Narrativa e do Enquadramento
A prevalência global do transtorno do espectro autista (TEA) tem aumentado rapidamente, tornando o rastreamento e a intervenção precoces cruciais. Um estudo recente investigou como diferentes tipos de mensagens e enquadramentos influenciam a intenção de pais e cuidadores em realizar o rastreamento precoce do autismo e buscar informações sobre o tema.
A pesquisa, baseada em um experimento randomizado, explorou o impacto de mensagens narrativas (histórias pessoais) versus mensagens estatísticas, combinadas com enquadramentos de ganho (destacando os benefícios do rastreamento) versus enquadramentos de perda (ressaltando os riscos de não rastrear). Os resultados indicaram que mensagens estatísticas foram mais eficazes em aumentar a intenção de realizar o rastreamento precoce do autismo, enquanto mensagens narrativas geraram maior interesse em buscar informações adicionais. No entanto, não foram observadas diferenças significativas a longo prazo entre os dois tipos de mensagem.
Curiosamente, o estudo identificou interações significativas entre o tipo de mensagem e o enquadramento em relação a emoções como esperança, simpatia e tristeza. Além disso, a pesquisa revelou uma interação entre o tipo de mensagem e o fato de ser pai ou mãe na percepção de suscetibilidade ao autismo. O estudo também aponta que o efeito do tipo de mensagem foi mediado pela imersão na mensagem e pela geração de contra-argumentos, e que a simpatia foi um fator preditivo da intenção de rastreamento. Esses achados contribuem para a compreensão de como diferentes estratégias de comunicação podem influenciar o comportamento em relação ao rastreamento precoce do autismo e reforçam a importância de considerar as nuances emocionais e contextuais ao abordar este tópico sensível. O rastreamento precoce é vital e a escolha da mensagem pode fazer a diferença.
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