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A compreensão do desenvolvimento infantil no contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um campo complexo e multifacetado. Uma pesquisa recente explorou a intrincada relação entre o funcionamento reflexivo parental e os problemas comportamentais em crianças chinesas com TEA. O funcionamento reflexivo parental refere-se à capacidade dos pais de compreender e refletir sobre os estados mentais de seus filhos, como seus sentimentos, pensamentos e intenções.

Estudos anteriores já demonstraram que altos níveis de funcionamento reflexivo parental estão associados a um apego seguro e a um melhor funcionamento socioemocional em crianças com desenvolvimento típico. No entanto, em crianças com TEA, que frequentemente apresentam desafios comportamentais mais severos, essa relação ainda não havia sido totalmente explorada. A pesquisa em questão utilizou uma análise de painel cross-lagged para investigar as associações recíprocas entre o funcionamento reflexivo parental e os problemas de comportamento ao longo de um período de seis meses.

Os resultados revelaram uma relação bidirecional entre o funcionamento reflexivo parental e os problemas de comportamento internalizantes, como ansiedade e depressão, nas crianças. Observou-se que um nível mais alto de pré-mentalização nos pais previu um aumento dos problemas de comportamento internalizantes nas crianças em um momento posterior, e vice-versa. Além disso, foi encontrado um efeito impulsionado pela criança na associação entre problemas de comportamento externalizantes, como agressividade e desobediência, e o funcionamento reflexivo parental. Níveis mais altos de comportamentos externalizantes nas crianças foram correlacionados com um aumento da pré-mentalização parental e uma diminuição da certeza sobre os estados mentais, bem como com uma redução do interesse e da curiosidade dos pais em momentos subsequentes. Estes resultados destacam a importância de intervenções parentais que visem fortalecer o funcionamento reflexivo dos pais para mitigar problemas de comportamento em crianças com TEA.

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