Gastroparesia: Uma Atualização sobre Estimulação Elétrica Gástrica
A gastroparesia é uma condição médica caracterizada pelo retardo no esvaziamento gástrico, na ausência de obstrução mecânica. Isso significa que o estômago tem dificuldade em transferir os alimentos para o intestino delgado, causando sintomas como náuseas, vômitos, sensação de saciedade precoce, dor abdominal e inchaço. O tratamento para gastroparesia geralmente envolve abordagens conservadoras e medicamentosas, visando aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Uma alternativa terapêutica para casos refratários, ou seja, aqueles que não respondem bem aos tratamentos convencionais, é a estimulação elétrica gástrica (GES). A GES envolve a implantação de um dispositivo que emite impulsos elétricos para estimular os músculos do estômago, na tentativa de melhorar a sua motilidade e, consequentemente, o esvaziamento gástrico. Apesar de ser uma opção promissora, os estudos clínicos randomizados sobre a eficácia da GES ainda apresentam resultados inconsistentes, o que impede uma recomendação irrestrita do método.
Uma revisão da literatura científica busca esclarecer o papel da estimulação elétrica gástrica no tratamento da gastroparesia, considerando a fisiopatologia da doença e as evidências disponíveis. A revisão visa detalhar as indicações e limitações da terapia, com o objetivo de otimizar o seu uso e explorar novas abordagens terapêuticas. É fundamental uma avaliação cuidadosa de cada paciente, considerando a gravidade dos sintomas, a resposta aos tratamentos anteriores e os potenciais riscos e benefícios da GES, para determinar a melhor estratégia de tratamento individualizada. O futuro da terapia pode envolver o desenvolvimento de novos procedimentos para o tratamento da gastroparesia.
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