Videogames e Saúde Mental: Uma Nova Perspectiva para Crianças e Adolescentes
Os videogames se tornaram uma parte onipresente na vida de crianças e adolescentes, gerando um intenso debate sobre seus impactos na cognição e na saúde mental. Se, por um lado, existe a preocupação com a distração acadêmica, por outro, cresce o reconhecimento do potencial cognitivo e terapêutico dessas ferramentas digitais. Uma análise recente explora essa dualidade, investigando tanto os riscos cognitivos quanto o uso emergente de videogames como intervenções digitais para a saúde mental pediátrica.
Os videogames podem desempenhar papéis conflitantes na vida de uma criança. Enquanto alguns jogos podem aprimorar habilidades como atenção, controle executivo e memória de trabalho, o uso excessivo pode perturbar os padrões de sono, reduzir o foco e prejudicar o desempenho acadêmico. É crucial equilibrar o tempo dedicado aos jogos com outras atividades essenciais para o desenvolvimento saudável.
No entanto, as aplicações terapêuticas dos videogames estão ganhando cada vez mais atenção. Certos jogos estão sendo desenvolvidos especificamente para melhorar a função cognitiva em condições relacionadas à atenção, enquanto outros visam promover o aprendizado social e emocional em crianças com diferenças de desenvolvimento. Plataformas imersivas também estão sendo exploradas para regulação emocional e terapias de exposição. O futuro dos jogos terapêuticos reside na integração de inteligência artificial, intervenções personalizadas, aplicações clínicas estruturadas e colaboração interdisciplinar entre neurocientistas, clínicos, educadores e desenvolvedores de jogos. Profissionais de saúde, pais e educadores devem trabalhar juntos para reconhecer e orientar o uso de videogames, maximizando seus benefícios potenciais e mitigando os riscos associados, garantindo um impacto positivo na saúde mental e no bem-estar geral das crianças e adolescentes.
Origem: Link