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Um estudo recente investigou se a constipação afeta a eficácia do transplante de microbiota lavada (TML) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TML é um procedimento que visa melhorar os sintomas do TEA através da restauração do equilíbrio da flora intestinal. A pesquisa buscou entender se a presença de constipação, um problema comum em crianças com TEA, poderia influenciar os resultados do tratamento.

O estudo acompanhou 103 pacientes com TEA submetidos ao TML, dividindo-os em dois grupos: um com constipação e outro sem. Os pesquisadores analisaram as mudanças nos sintomas relacionados ao TEA, distúrbios do sono, manifestações gastrointestinais, integridade da barreira intestinal e composição da microbiota intestinal. Os resultados mostraram que, após o TML, ambos os grupos apresentaram melhorias nos sintomas principais do TEA e nos distúrbios do sono. No grupo com constipação, as fezes retornaram a uma forma mais normal.

Curiosamente, observou-se uma diferença na eficácia entre os dois grupos nas fases iniciais do tratamento. O grupo sem constipação apresentou uma melhora mais rápida nos sintomas após a primeira sessão de TML, enquanto o grupo com constipação demonstrou um progresso maior após duas sessões. No entanto, após várias sessões de TML, essa diferença desapareceu. Embora a diversidade microbiana tenha aumentado significativamente no grupo com constipação logo após o TML, a longo prazo, a constipação parece não afetar a eficácia geral do TML no tratamento do TEA. Em resumo, o estudo sugere que o TML pode ser benéfico para crianças com TEA, independentemente da presença de constipação, embora o tempo de resposta ao tratamento possa variar.

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