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Um estudo recente investigou as consequências a longo prazo da COVID-19 na capacidade funcional de pacientes que foram hospitalizados devido à doença. A pesquisa, realizada no Rio Grande do Sul, Brasil, acompanhou indivíduos com mais de 18 anos durante um ano após a alta hospitalar, buscando identificar limitações funcionais e fraqueza muscular.

Os resultados revelaram que uma parcela significativa dos participantes apresentou limitações funcionais persistentes. Mais da metade dos pacientes (67,5%) enfrentava algum tipo de dificuldade em realizar atividades cotidianas, enquanto 50,9% apresentavam alterações na força muscular. Destes, 10% demonstraram sinais de fraqueza muscular. A análise estatística identificou associações entre limitações funcionais e o diagnóstico prévio de doenças respiratórias, além de uma ligação entre alterações na força muscular e fatores como ser do sexo feminino, diagnóstico de sarcopenia (perda de massa muscular), tabagismo e necessidade de intubação orotraqueal durante a hospitalização.

Essas descobertas reforçam a importância do acompanhamento contínuo de pacientes que foram hospitalizados por COVID-19, mesmo após a alta. A identificação precoce de limitações funcionais e fraqueza muscular permite a implementação de intervenções de reabilitação e fisioterapia, visando melhorar a qualidade de vida e promover a recuperação completa dos indivíduos. A pesquisa destaca a necessidade de estratégias de saúde pública que abordem as sequelas a longo prazo da COVID-19, oferecendo suporte e tratamento adequados aos pacientes afetados. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos aos fatores de risco associados a essas complicações, como doenças respiratórias preexistentes, sarcopenia e histórico de tabagismo, a fim de personalizar o cuidado e otimizar os resultados.

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