Saúde Desvendada

Um estudo recente investigou a influência da cafeína e do estresse na capacidade de indivíduos persistirem em tarefas consideradas impossíveis de serem resolvidas. A pesquisa, publicada no Human Psychopharmacology, buscou entender como esses fatores podem modular o comportamento humano diante de desafios cognitivos.

Os experimentos envolveram estudantes universitários submetidos a diferentes condições: consumo de cafeína em diferentes doses (40mg e 100mg, através de goma de mascar) e indução de estresse através do teste do pressor frio socialmente avaliado (SECPT). Os participantes realizaram tarefas como encontrar figuras escondidas, resolver anagramas e procurar palavras em caça-palavras, algumas das quais continham elementos impossíveis de serem solucionados. A performance foi medida pelo tempo gasto na parte solucionável da tarefa, enquanto a persistência foi avaliada pelo tempo adicional dedicado à parte insolúvel.

Os resultados revelaram que uma dose de 100mg de cafeína aumentou significativamente o tempo que os participantes persistiram na tarefa de encontrar figuras escondidas, elevando a porcentagem de tempo total gasto na tarefa de 38% para 51,7%. Além disso, o estresse melhorou o desempenho nessa mesma tarefa e, em conjunto com a cafeína, produziu um efeito de interação significativo na persistência. Observou-se uma tendência de aumento da persistência em participantes estressados e uma diminuição em participantes não estressados. A conclusão principal do estudo é que a cafeína pode aumentar o tempo dedicado a tarefas insolúveis, especialmente em indivíduos sob estresse, sugerindo uma complexa interação entre esses fatores e a cognição humana.

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