Terapias Fitoterápicas no Tratamento do Autismo: Uma Análise Abrangente
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por desafios na comunicação social e comportamentos repetitivos, impactando significativamente a qualidade de vida de indivíduos e seus cuidadores. Embora não haja cura para o TEA, diversas abordagens terapêuticas visam atenuar seus sintomas. Nesse contexto, a medicina herbal tem ganhado atenção como uma possível ferramenta complementar no manejo do transtorno.
Uma análise recente investigou o potencial terapêutico de diversas plantas medicinais no tratamento do TEA. Entre as opções estudadas, destacam-se a Bacopa monnieri, conhecida por seus efeitos na melhora da flexibilidade cognitiva; a Curcuma longa (curcumina), com propriedades antioxidantes e potencial para reduzir comportamentos repetitivos; e o extrato de chá verde, que pode modular a neuroinflamação. Canabinoides também demonstraram melhorias modestas no sono e engajamento social, enquanto o Ginkgo biloba pode favorecer o fluxo sanguíneo cerebral. Plantas como a Passiflora e a Valeriana podem aliviar a ansiedade e a hiperatividade, atuando nas vias GABAérgicas, e combinações herbais fermentadas com probióticos podem beneficiar a comunicação entre o intestino e o cérebro. A Ashwagandha, por sua vez, mostrou efeitos neuroprotetores em estudos pré-clínicos.
Apesar do potencial promissor, os pesquisadores ressaltam a necessidade de estudos clínicos mais amplos e rigorosos para confirmar a eficácia e segurança dessas terapias fitoterápicas. É crucial padronizar as formulações herbais e estabelecer protocolos de dosagem adequados. A integração da medicina herbal com terapias comportamentais pode oferecer benefícios sinérgicos, mas requer validação científica adicional. Importante frisar que as terapias fitoterápicas devem ser encaradas como um suporte complementar e nunca substituir tratamentos comprovadamente eficazes, como a análise do comportamento aplicada e a terapia da fala.
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