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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a interação social e a comunicação. Observa-se um aumento global na prevalência do TEA, e distúrbios do sono podem agravar os sintomas em crianças com essa condição. Estudos têm demonstrado a eficácia da melatonina no tratamento da insônia associada ao autismo em crianças, motivando uma análise abrangente de seus efeitos terapêuticos.

Uma revisão sistemática e meta-análise recente investigou os fatores que influenciam o efeito da melatonina na qualidade do sono em crianças com TEA. A pesquisa analisou dados de diversos estudos, categorizando-os com base em parâmetros da medicação, como dosagem e tipo, duração do tratamento e idade dos participantes. Os resultados indicaram que a melatonina melhora significativamente a qualidade do sono e o tempo total de sono em crianças com autismo. Os valores de Hedges’ g para esses dois indicadores foram 0,75 e 0,58, respectivamente, ambos com valores de P menores que 0,05.

O estudo revelou ainda que o efeito geral da melatonina apresenta uma relação parabólica com a dosagem, alcançando sua eficácia ideal em aproximadamente 5,7 mg. A idade da criança também influencia o efeito terapêutico, com resultados ótimos observados em crianças com 10 anos ou mais, onde o tamanho do efeito de Hedges’ g atingiu 0,09. A melatonina demonstra eficácia substancial na melhoria do sono em crianças com TEA, com reações adversas mínimas e leves. Esses achados sustentam o desenvolvimento de abordagens de tratamento individualizadas para a administração de melatonina nessa população, permitindo otimizar os benefícios e minimizar os possíveis efeitos colaterais. É fundamental consultar um médico para determinar a dosagem correta e monitorar os resultados.

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