Estimulação da Medula Espinhal e Fisioterapia: Uma Abordagem Combinada para o Alívio da Dor Crônica?
A dor crônica é um problema de saúde significativo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Muitas vezes, os tratamentos convencionais não proporcionam alívio suficiente, levando os pacientes a buscarem alternativas terapêuticas. Nesse contexto, a estimulação da medula espinhal (EME) surge como uma técnica de neuromodulação promissora para o controle da dor. A fisioterapia, por sua vez, desempenha um papel fundamental na melhora da função física e da qualidade de vida dos indivíduos que sofrem com dor crônica.
Um estudo recente avaliou a eficácia da EME, combinada ou não com a fisioterapia, no tratamento da dor crônica em adultos. Os resultados da revisão sistemática revelaram que a EME isoladamente promoveu reduções significativas na intensidade da dor, com taxas de resposta superiores a 80% e diminuições médias de 5 a 6 centímetros em escalas de dor. Além disso, foram observadas melhoras na qualidade de vida e na incapacidade funcional, com reduções de mais de 30 pontos em índices de incapacidade e até 40% na utilização de opioides. No entanto, a pesquisa apontou para uma lacuna importante na literatura científica: a falta de estudos que avaliem a integração da EME com a fisioterapia.
Apesar dos resultados promissores da EME no alívio da dor crônica, a ausência de estudos que investiguem a combinação dessa técnica com a fisioterapia limita a compreensão dos potenciais efeitos sinérgicos entre as duas abordagens. A fisioterapia pode complementar a EME, auxiliando na restauração da função, no fortalecimento muscular, na melhora da flexibilidade e na promoção de estratégias de enfrentamento da dor. Nesse sentido, futuros ensaios clínicos são cruciais para explorar os benefícios da combinação EME e fisioterapia, buscando otimizar as estratégias interdisciplinares de tratamento da dor e oferecer aos pacientes uma abordagem mais abrangente e eficaz.
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