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A capacidade de aprender padrões sequenciais é fundamental para diversas atividades humanas, desde a linguagem até habilidades motoras complexas. Um estudo recente publicado na revista Cognitive Science investigou como o cérebro cria e mantém essas memórias sequenciais, mesmo na ausência da linguagem. A pesquisa, realizada com babuínos da Guiné (Papio papio), oferece insights valiosos sobre os mecanismos básicos da aprendizagem estatística.

O aprendizado estatístico permite que o cérebro identifique e memorize padrões que se repetem no ambiente. No experimento, os babuínos foram submetidos a uma tarefa de apontamento visuo-motor, na qual uma sequência específica de alvos era repetida, intercalada com sequências aleatórias. Os pesquisadores manipularam o intervalo entre as repetições da sequência-alvo, variando o número de sequências aleatórias inseridas entre elas. O objetivo era determinar por quanto tempo os babuínos conseguiam reter a memória da sequência-alvo.

Os resultados mostraram que os babuínos foram capazes de aprender as sequências visuo-motoras repetidas, mesmo quando as repetições eram separadas por até seis sequências aleatórias. Além disso, a curva de aprendizado da sequência-alvo se ajustou melhor a uma função logarítmica, sugerindo que o desenvolvimento da memória sequencial está relacionado ao espaçamento das repetições. Este estudo fornece uma avaliação quantitativa do desenvolvimento de uma memória sequencial em função do espaçamento da repetição e sem o uso de estratégias de recodificação verbal, abrindo novas perspectivas para a compreensão dos processos de aprendizagem e memória.

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