Dor Lombar em Agentes de Saúde: Um Estudo em Maharashtra Revela Alta Prevalência
Um estudo recente realizado na divisão de Panvel, em Maharashtra, Índia, investigou a prevalência de dor lombar e o nível de incapacidade associado em Agentes Sociais de Saúde Acreditados (ASHA). As ASHAs desempenham um papel crucial na ligação entre os serviços de saúde pública e as comunidades locais, fornecendo informações e apoio em áreas como planejamento familiar, parto seguro e amamentação. Dada a natureza de seu trabalho, que muitas vezes envolve tarefas fisicamente exigentes, os pesquisadores buscaram determinar a extensão em que essas profissionais sofrem de dor lombar.
A pesquisa, de natureza transversal, envolveu entrevistas com 113 ASHAs que possuíam um Índice de Massa Corporal (IMC) normal, pelo menos um ano de experiência profissional e sem histórico de distúrbios neurológicos ou musculoesqueléticos significativos. Os dados foram coletados por meio de questionários, incluindo o Questionário Nórdico Musculoesquelético (NMQ) para rastrear a dor lombar e o Índice de Incapacidade de Oswestry (ODI) para avaliar o grau de incapacidade resultante. Os resultados revelaram que uma proporção significativa das participantes, precisamente 88,5%, relatou sofrer de dor lombar. A maioria das ASHAs com dor lombar apresentou incapacidade leve (57%), enquanto uma parcela considerável (42%) experimentou incapacidade moderada. Apenas 1% das participantes não apresentaram incapacidade.
As conclusões do estudo apontam que as responsabilidades inerentes ao trabalho das ASHAs as colocam em um risco elevado de desenvolver dor lombar. A alta prevalência de dor lombar e a presença de incapacidade, mesmo que leve ou moderada, destacam a necessidade de implementar medidas preventivas e de apoio para proteger a saúde e o bem-estar dessas importantes profissionais de saúde. Intervenções ergonômicas, treinamento em técnicas adequadas de levantamento de peso e acesso a cuidados de saúde apropriados podem ser cruciais para reduzir a incidência de dor lombar e melhorar a qualidade de vida das ASHAs, garantindo que possam continuar a desempenhar seu papel vital na comunidade com conforto e eficiência. É importante ressaltar que a saúde ocupacional dessas agentes de saúde é fundamental para o bom funcionamento dos serviços de saúde na comunidade.
Origem: Link