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O delirium é uma condição comum e grave em idosos, especialmente em ambientes de cuidados de longa duração. Caracterizado por confusão mental, desorientação e alterações na atenção, o delirium pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, aumentando a morbidade e mortalidade. Embora frequentemente subdiagnosticado e tratado de forma inadequada, estratégias não farmacológicas, como a terapia ocupacional (TO), mostram-se promissoras na prevenção e no manejo dessa condição.

Um estudo recente investigou as perspectivas de geriatras e terapeutas ocupacionais sobre o papel da TO no cuidado do delirium em instituições de longa permanência em três países europeus: Itália, Espanha e Suíça. A pesquisa revelou que, embora geriatras familiarizados com a TO reconheçam seu valor na prevenção do delirium através de modificações ambientais e promoção de atividades significativas, outros percebem as contribuições dos terapeutas ocupacionais como sobrepostas às da fisioterapia. Essa falta de clareza na definição do papel da TO pode limitar sua efetividade no cuidado do delirium.

Os terapeutas ocupacionais frequentemente enfrentam desafios como a falta de ferramentas padronizadas e treinamento específico para o tratamento do delirium. Além disso, a participação dos cuidadores, essencial para o sucesso das intervenções, é frequentemente mínima. Barreiras como restrições de tempo, papéis interprofissionais pouco claros e treinamento geriátrico limitado também dificultam a atuação dos terapeutas ocupacionais. Para otimizar o papel da TO no cuidado do delirium, é crucial investir em definições interprofissionais mais claras, treinamento especializado e suporte estrutural em ambientes de cuidados de longa duração. A colaboração estruturada entre geriatras e terapeutas ocupacionais pode melhorar significativamente os resultados na prevenção e no tratamento do delirium em idosos.

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