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Um estudo recente investigou a relação entre o uso crônico de cannabis e a capacidade de tomar decisões eficientes, desafiando algumas noções preestabelecidas. A pesquisa focou na tendência de indivíduos em ‘precrastinar’, ou seja, iniciar ou completar uma tarefa o mais rápido possível, e como isso se compara entre usuários crônicos de cannabis e não usuários.

No experimento, os participantes foram instruídos a caminhar por um corredor e pegar dois copos de água, um próximo e outro distante do ponto de partida, com o objetivo de não derramar água ao retornar. A ordem em que os copos eram escolhidos era observada e analisada. Surpreendentemente, os usuários crônicos de cannabis mostraram uma tendência a escolher o copo mais distante primeiro, uma decisão considerada mais eficiente, e essa tendência não diferiu significativamente do grupo de não usuários. Isso contraria a expectativa de que usuários de cannabis seriam mais propensos a precrastinar, optando pela tarefa mais imediata, mesmo que menos eficiente.

Além disso, a pesquisa avaliou o controle proativo em ambos os grupos utilizando o AX-Continuous Performance Task, um teste que mede a capacidade de manter o foco e o desempenho em tarefas contínuas. Apesar dos usuários crônicos de cannabis apresentarem pontuações mais baixas em testes de memória de curto prazo e memória operacional, eles demonstraram um controle proativo comparável aos não usuários. Estes resultados sugerem que o uso crônico de cannabis pode não prejudicar a tomada de decisão de forma tão profunda quanto se pensava anteriormente, especialmente quando os indivíduos estão motivados pelas potenciais consequências de suas decisões em tarefas com baixa demanda de memória. Este estudo abre novas perspectivas sobre os efeitos da cannabis na cognição e no comportamento humano, incentivando futuras investigações para melhor compreender essa complexa relação.

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