Autismo e Saúde Mental: Impacto do Contato Policial em Adolescentes
Um estudo recente realizado no Reino Unido investigou a relação entre o contato com a polícia e a saúde mental de adolescentes com e sem autismo. A pesquisa, que acompanhou jovens nascidos entre 2000 e 2002, revelou que adolescentes autistas podem ser mais vulneráveis aos efeitos negativos do contato policial em sua saúde mental.
O estudo analisou dados de mais de 11.000 jovens, comparando experiências de contato policial (como ser parado e questionado, receber uma advertência ou ser preso) aos 14 e 17 anos de idade, juntamente com avaliações de bem-estar e saúde mental. Os resultados indicaram que adolescentes com autismo apresentavam um risco maior de receberem advertências policiais em comparação com seus pares não autistas. Além disso, o estudo apontou que o impacto do contato policial na saúde mental dos adolescentes autistas era mais significativo. Por exemplo, aqueles que foram apenas parados e questionados demonstraram maior probabilidade de apresentar comportamentos de autoagressão a curto prazo.
As associações entre receber uma advertência policial e indicadores como comportamentos internalizantes e sintomas de depressão foram mais fortes para os adolescentes com autismo do que para os não autistas. Esses achados sugerem que o contato com a polícia pode ter um efeito mais prejudicial na saúde mental e no bem-estar de jovens autistas. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos, educação policial e reformas nas políticas para garantir interações mais seguras e justas, visando proteger a saúde mental desses jovens vulneráveis. A conscientização e o treinamento adequados podem ajudar a reduzir o impacto negativo do sistema de justiça em indivíduos com autismo.
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