Autismo: Como o Bem-Estar Familiar Impacta o Estigma em Cuidadores
Um estudo recente investigou a complexa relação entre o funcionamento familiar, o estigma associado ao autismo e o papel dos aspectos positivos do cuidado em famílias chinesas que têm crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa buscou entender como a dinâmica familiar influencia o estigma que os cuidadores enfrentam e como os aspectos gratificantes do cuidado podem mediar essa relação.
O estudo envolveu 206 cuidadores de crianças com TEA, utilizando escalas para avaliar o funcionamento familiar (Family APGAR), o estigma afiliado e os aspectos positivos do cuidado. Os resultados revelaram que um bom funcionamento familiar está associado a um menor estigma nos cuidadores. Além disso, identificou-se que os aspectos positivos do cuidado, como o sentimento de conexão e crescimento pessoal ao cuidar da criança, atuam como mediadores nessa relação, ou seja, famílias que funcionam bem tendem a ter cuidadores que experimentam mais aspectos positivos no cuidado, o que, por sua vez, contribui para reduzir o estigma.
As descobertas sugerem que o bem-estar familiar desempenha um papel crucial na forma como os cuidadores de crianças com autismo lidam com o estigma social. Ao fortalecer o funcionamento familiar e promover o reconhecimento dos aspectos positivos do cuidado, é possível mitigar o impacto negativo do estigma e melhorar a qualidade de vida tanto dos cuidadores quanto das crianças com TEA. Intervenções que visem a fortalecer o apoio familiar e a ressignificar a experiência do cuidado podem ser importantes ferramentas para promover a inclusão e o bem-estar dessas famílias. É importante ressaltar que este estudo foi realizado na China, e os resultados podem não ser diretamente generalizáveis para outras culturas, mas oferecem *insights* valiosos sobre a dinâmica familiar e o estigma em famílias com autismo.
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