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Um estudo recente investigou os efeitos de diferentes tipos de cabeceio no desempenho neurocognitivo e vestibular de jovens jogadores de futebol. A pesquisa buscou entender como os impactos repetitivos na cabeça, comuns durante essa prática esportiva, podem influenciar o desenvolvimento cerebral em adolescentes.

O estudo longitudinal acompanhou atletas de futebol de alto nível, de ambos os sexos e diferentes faixas etárias, ao longo de duas temporadas. Um grupo controle, composto por atletas de outros esportes com bola, também participou da pesquisa. Antes e depois de cada temporada, os participantes foram submetidos a avaliações objetivas de seu desempenho neurocognitivo (incluindo seis domínios diferentes), reflexo vestíbulo-ocular, acuidade visual dinâmica e controle postural. As sessões de treinamento e jogos foram gravadas em vídeo para analisar a frequência e o tipo de cabeceio realizado por cada jogador. Os pesquisadores investigaram as associações entre a frequência de cabeceios (total, em duelos e em lances com distância superior a 20 metros) e as mudanças observadas nos parâmetros avaliados.

Os resultados indicaram que cabeceios de alto impacto, como os realizados em duelos ou em lançamentos de longa distância, podem ter um efeito negativo no desenvolvimento neurocognitivo dos jovens atletas. Observou-se que um maior número de cabeceios nesses contextos estava associado a uma menor melhora na velocidade psicomotora e no tempo de reação. Embora as pontuações neurocognitivas e a velocidade de oscilação tenham melhorado significativamente em todos os atletas, tanto no grupo de futebol quanto no grupo controle, a pesquisa sugere que é importante considerar o impacto específico de certos tipos de cabeceio ao discutir os possíveis efeitos adversos no futebol juvenil. A atenção deve se concentrar não apenas na exposição geral ao cabeceio, mas também na intensidade e no contexto dos impactos na cabeça.

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