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Um estudo recente investigou a intrincada relação entre a genética infantil e o ambiente familiar, com foco especial na influência dos genes associados à educação no comportamento parental materno. A pesquisa, realizada com dados da coorte norueguesa MoBa (Mother, Father and Child Cohort Study), revelou que a predisposição genética das crianças para o sucesso educacional está ligada a um maior envolvimento das mães em atividades que estimulam a alfabetização.

O estudo acompanhou mais de 83 mil famílias e analisou como as características genéticas das crianças, especificamente um escore poligênico para educação (PGSedu), se correlacionavam com o estilo de criação das mães, reportado quando os filhos tinham 5 anos de idade. Os resultados indicaram que crianças com PGSedu mais alto tinham mães que se envolviam mais em práticas de alfabetização, como ler para os filhos e estimular o aprendizado de letras e palavras. Essa mediação da genética no desempenho escolar foi estatisticamente significativa.

Além disso, a pesquisa explorou o papel da linguagem infantil como um elo entre a genética e o desempenho escolar. Observou-se que o desenvolvimento da linguagem das crianças aos 5 anos estava associado ao estilo de criação das mães e, por sua vez, influenciava o desempenho educacional futuro. Esses achados sugerem que tanto a linguagem precoce quanto as práticas parentais voltadas para a alfabetização podem ser mecanismos importantes na transmissão dos efeitos genéticos para os resultados educacionais das crianças, evidenciando a complexa interação entre natureza e criação no desenvolvimento infantil.

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