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Estereotipias motoras, movimentos repetitivos e aparentemente sem propósito, são observadas tanto em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) quanto em crianças com outros quadros de desenvolvimento neurológico. Um estudo recente investigou a presença e o impacto dessas estereotipias em bebês e crianças pequenas, buscando entender melhor sua relação com o desenvolvimento infantil.

A pesquisa acompanhou 648 crianças, divididas entre um grupo com TEA (n=455) e outro com outras condições neurodesenvolvimentais (n=193). Os participantes foram avaliados em dois momentos: aos 24 meses e aos 41 meses de idade. Os resultados indicaram que as estereotipias motoras estavam presentes em ambos os grupos, sendo mais frequentes e intensas em crianças com TEA. Independentemente do diagnóstico, a presença de estereotipias esteve associada a maiores dificuldades em habilidades sociais e de comunicação, bem como em habilidades motoras finas e grossas. Além disso, a pesquisa identificou uma ligação entre as estereotipias e desafios no desenvolvimento da linguagem.

Esses achados sugerem que as estereotipias motoras podem representar uma característica transdiagnóstica, ou seja, presente em diferentes condições de desenvolvimento neurológico. A compreensão das estereotipias motoras e sua relação com outras áreas do desenvolvimento pode auxiliar na identificação precoce de dificuldades e no planejamento de intervenções mais eficazes para promover o desenvolvimento global da criança. É importante ressaltar que a pesquisa aponta para a necessidade de considerar as estereotipias não apenas como um sintoma isolado, mas como parte de um quadro mais amplo, que envolve aspectos sociais, comunicativos e motores.

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