Saúde Desvendada

A Febre Familiar do Mediterrâneo (FFM) é uma doença autoinflamatória hereditária que causa episódios recorrentes de febre e dor. A dor crônica é um desafio significativo para muitos adolescentes com FFM, e a forma como eles percebem e lidam com essa dor pode ter um impacto importante em sua qualidade de vida. Uma das maneiras pelas quais os adolescentes podem lidar com a dor é através da catastrofização, que é a tendência de exagerar os pensamentos negativos sobre a dor e se sentir impotente para lidar com ela.

Um estudo recente publicado no periódico Archives of Rheumatology investigou a validade e a confiabilidade da Escala Turca de Catastrofização da Dor – Criança (PCS-C) em adolescentes com FFM. O objetivo era determinar se essa escala pode ser usada como uma ferramenta válida e confiável para avaliar a catastrofização da dor nessa população específica. Os pesquisadores administraram a PCS-C turca, juntamente com outras medidas de dor e qualidade de vida, a 66 adolescentes com FFM. Eles então analisaram os dados para avaliar a consistência interna, a confiabilidade teste-reteste e a validade convergente da escala.

Os resultados do estudo demonstraram que a PCS-C turca é uma ferramenta válida e confiável para avaliar a catastrofização da dor em adolescentes com FFM. A escala apresentou boa consistência interna e excelente confiabilidade teste-reteste. Além disso, a PCS-C turca apresentou correlações significativas com outras medidas de dor e qualidade de vida, o que sugere que ela mede o que se propõe a medir. Esses achados são importantes porque fornecem aos clínicos e pesquisadores uma ferramenta útil para avaliar a catastrofização da dor em adolescentes com FFM e desenvolver intervenções direcionadas para ajudá-los a lidar com a dor de forma mais eficaz. A identificação e o tratamento da catastrofização da dor podem levar a uma melhoria significativa na qualidade de vida desses jovens pacientes, permitindo que vivam vidas mais ativas e engajadas.

Origem: Link