Terapia Manual para Alívio de Dores de Cabeça: Evidências da África do Sul
A terapia de manipulação espinhal (TME) tem se mostrado uma abordagem eficaz no tratamento de dores de cabeça primárias. Um estudo recente investigou a aplicação desta terapia na África do Sul, analisando dados de dissertações de mestrado para suprir a falta de informações específicas da região. O objetivo foi mapear as evidências existentes sobre a TME no tratamento de pacientes com cefaleia em instalações de treinamento quiroprático sul-africanas, avaliando tanto medidas subjetivas quanto objetivas de resultados.
A metodologia adotada foi uma revisão abrangente de estudos realizados entre 1995 e maio de 2023, utilizando as bases de dados de pesquisa da Durban University of Technology e da University of Johannesburg. Foram incluídos ensaios clínicos que aplicaram a TME no tratamento de dores de cabeça, com foco em resultados subjetivos, como a escala numérica de dor, o índice de incapacidade da cefaleia e o índice de incapacidade do pescoço, e resultados objetivos, como a amplitude de movimento e a algometria de pressão. No total, foram revisadas 25 dissertações, abrangendo 921 pacientes com dores de cabeça.
Os resultados indicaram que a combinação da TME com outras modalidades terapêuticas geralmente leva a uma melhora maior nas medidas subjetivas, em comparação com a TME isolada ou outras modalidades isoladas. Em relação às medidas objetivas, foram observados tanto aumentos quanto diminuições em resposta às diferentes intervenções. Os achados corroboram a literatura existente, sugerindo que pacientes com dores de cabeça primárias na África do Sul respondem favoravelmente à TME em conjunto com outros tratamentos não farmacológicos. O estudo destaca o valor da literatura cinzenta, especialmente em regiões com escassez de dados de alta qualidade, e a importância da TME para formuladores de políticas, financiadores e outros envolvidos no tratamento de pacientes com cefaleia na África do Sul. Apesar das limitações relacionadas à qualidade dos dados, o rigoroso design dos protocolos de ensaios clínicos nas instituições sul-africanas revela diversos pontos fortes.
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