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Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam maior propensão ao uso de videogames e, potencialmente, ao desenvolvimento de um quadro de vício em jogos. Uma pesquisa recente investigou a ligação entre traços autísticos (ALTs) e o comportamento relacionado a jogos, buscando entender se as motivações por trás do jogo podem influenciar essa relação.

O estudo, que envolveu 378 participantes com idade média de 31 anos, analisou a relação entre ALTs, motivações para jogar e sintomas de vício em jogos. Os resultados indicaram que as motivações sociais e de escapismo atuam como mediadores entre os traços autísticos e os sintomas de vício. Curiosamente, foi observado que ALTs apresentaram uma associação negativa com motivações sociais e uma associação positiva com motivações de escapismo. Isso sugere que pessoas com traços autísticos mais acentuados podem utilizar os jogos como uma forma de fugir dos desafios da vida real, em vez de buscar interação social, o que pode agravar os sintomas de uso problemático de jogos.

Essas descobertas destacam a importância de compreender as motivações individuais por trás do comportamento de jogo, especialmente em indivíduos com TEA ou traços autísticos. Ao identificar as razões que levam uma pessoa a jogar, é possível desenvolver intervenções mais eficazes e personalizadas para reduzir o uso problemático de jogos e promover hábitos mais saudáveis. O estudo ressalta a necessidade de considerar as motivações em iniciativas de apoio e educação sobre o uso de jogos, visando um impacto positivo na saúde e bem-estar dos indivíduos.

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